Rio Grande da Serra tem dois prefeitos em menos de 24 horas – O Grande ABC

Rio Grande da Serra tem dois prefeitos em menos de 24 horas

A então vice-prefeita de Rio Grande da Serra, Penha Fumagalli (PTB), tomou posse como prefeita interina na noite de quarta-feira (15), logo após a Câmara aprovar o afastamento do prefeito Claudinho da Geladeira (PSDB) durante 90 dias. Entretanto, já na noite desta quinta-feira (16), a Justiça determinou o retorno de Claudinho ao cargo, atendendo um pedido de liminar do tucano.

A posse de Penha ocorreu logo após os vereadores acolherem duas denúncias contra Claudinho, sendo uma de um morador do município e outra com base no relatório final da CEI da fura-fila da vacinação contra a Covid-19. Entre os vários apontamentos, está que o prefeito se recusava a responder requerimentos formulados por vereadores, bem como a ausência de portarias de nomeação de servidores comissionados.

Já na tarde de hoje (16), a prefeita interina convocou uma coletiva de imprensa, onde anunciou seis nomes de secretários que fariam parte de seu governo, informando também a intenção de reduzir consideravelmente o número de secretarias na cidade, algo prometido durante campanha, mas que até então não havia sido cumprido. “Independente do tempo que estivermos à frente desta gestão, trabalharemos com transparência com a mídia e com a população. De fato nós queremos aqui devolver Rio Grande da Serra para o povo de Rio Grande da Serra”, anunciou Penha na ocasião.

Todos os vereadores estiveram presentes na Prefeitura Municipal nesta tarde, mas somente 9, que faziam oposição à Geladeira, participaram da coletiva de imprensa.

Ainda na coletiva, o governo Penha realizou diversas denúncias contra o prefeito, inclusive relatando que os assuntos seriam levados ao Ministério Público. Entre os casos citados, está a venda de sucatas sem processo licitatório, bem como a ausência do recebimento do valor referente à comercialização, além de irregularidades na saúde municipal, como a compra de medicamentos sem ata.

Logo após todas as movimentações políticas, Claudinho da Geladeira obteve vitória na Justiça após a impetração de um mandado de segurança com pedido de liminar para retornar ao cargo e suspender o afastamento feito pela Câmara. A desa de Claudino argumentou que afastamento por 90 dias desrespeitava legislações que regem ritos de impeachment de prefeitos, tese que foi acatada pelo juiz Alexandre Chichetti Ferrari, da Vara Única de Rio Grande da Serra, que determinou o retorno imediato do tucano ao comando da Prefeitura.

Penha foi breve ao se posicionar sobre a decisão da Justiça; “A determinação judicial será cumprida e respeitada, como sempre houve o cumprimento e respeito”, afirmou. Desde o início do caso, Claudinho da Geladeira não se posicionou sobre o assunto.

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