A sociedade que exclui – O Grande ABC

A sociedade que exclui

Vou comentar um fato ocorrido durante o meu caminhar pela região central do Município de Santo André.

Duas garotas de mãos dadas, quando uma senhora passa e diz: “Que vergonha, isso não é coisa de Deus”. Sem entender o que está acontecendo, uma das meninas responde: “É a minha irmã!”. Visivelmente constrangida, a senhora dispara: “Desculpe, achei que era sapatão”. Após as desculpas, a mulher seguiu como se nada tivesse acontecido. O mesmo ocorreu com as meninas, mas não de mãos dadas.

A cena nos leva a refletir.

A sociedade se diz moderna, livre de preconceitos, mas na realidade, o preconceito segue enraizado na maioria das pessoas. O simples fato de transparecer um ato de amor homoafetivo, é o estopim para ataques gratuitos. E olha que a senhora “pediu desculpas” ou pelo menos para os padrões dela, aquilo foi um pedido de desculpa.

Na abordagem ninguém se conhecia, mas o “diferente” lhe deu o direito de intervir na vida de duas pessoas anônimas. O ato de carinho, pelo olhar preconceituoso, se mostrou agressivo e merecedor de repreensão.

Engana-se quem pense que a reação daquela mulher é algo isolado, permita-se acompanhar de longe um casal homoafetivo circulando pelas ruas e verão os olhares recriminatórios, isso se não ocorrerem ofensas e ataques físicos.

A sociedade ainda carece de informações, esclarecimentos, por isso, a importância de falar sobre o tema, proporcionando aos LGBTQIA+ a possibilidade de viver plenamente a vida.

Ser LGBTQIA+ não é ser diferente. Diferente é você que não aceita que todos nós somos iguais. Pense nisso!

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